quarta-feira, 22 de agosto de 2007

Ponto de Cultura Ananin



Entidades e organizações da sociedade civil de Ananindeua foram capacitadas pela ong Argonautas na técnica de elaborar projetos culturais para captar recursos. A oficina “Como Elaborar Projetos e Captar Recursos” aconteceu nos dias 10 e 11 de fevereiro na Escola Maria Araújo Figueiredo (Cidade Nova 5 SN 18, Ananindeua/PA) e foi aberta à participação de entidades e pessoas de Ananindeua. Carlos Siqueira, coordenador do Ponto de Cultura Ananin defende que elaborar projeto e captar recursos são dois elementos fundamentais para o trabalho de qualquer organização da sociedade civil, independentemente de sua finalidade. A oficina mostrou que sem projeto e sem meios para realizar sua execução, nenhuma organização consegue realizar a ação social a que se propõe. “Como toda organização precisa reunir os recursos necessários para seus empreendimentos, o oficina foi orientada por atividades práticas de elaboração de projetos”, afirmou Siqueira. A oficina “Como elaborar projetos e captar recursos” é mais uma das atividades do Ponto de Cultura Ananin, projeto financiado pelo Ministério da Cultura e realizado pelos Argonautas Ambientalistas da Amazônia com o apoio do Consórcio Cultural de Ananindeua, uma rede social formada por 10 entidades e movimentos sociais e quatro parceiros institucionais. Durante os 30 meses de duração do projeto, serão realizadas oficinas e atividades voltadas para o desenvolvimento de processos de produção e disseminação do empreendedorismo cultural, inclusão social e digital, valorização e resgate das expressões culturais locais, promoção da educação ambiental e popular e ações em defesa da vida, da cidadania e da democracia. Cultura Digital - Nos intervalos das atividades foram apresentados vídeos e exposição de fotos realizados com software livres da plataforma Linux.

Sindicato dos Médicos Lança Manifesto Contra Privatização de Hospitais


A privatização dos hospitais públicos no Estado foi o principal questionamento apresentando no texto de um manifesto em defesa do Sistema Único de Saúde (SUS), distribuído à população, na Praça da República, na manhã de ontem. A distribuição do manifesto, assinado pelo Sindicato dos Médicos do Pará (Sindmepa), marcou o encerramento da Semana de Saúde Pública 2007, realizado pela entidade de 2 a 12 deste mês, no auditório da Unimed Belém, a fim de discutir os 18 anos do SUS e comemorar o Dia Mundial da Saúde, transcorrido no dia 7 de abril.
Segundo o diretor administrativo do Sindmepa, João Gouvêa, nos últimos cinco anos a onda da privatização dos hospitais públicos invadiu o Brasil começando pelos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia. Neste último, dos 50 hospitais estatais existentes, 18 já foram privatizado, isto é, construídos com dinheiro do SUS, porém administrados por empresas privadas. 'No Pará, há cinco hospitais públicos regionais administrados pela iniciativa privada em Altamira, Marabá, Santarém, Breves e Belém (Hospital Metropolitano). O risco da privatização é que a fiscalização dos serviços prestados ao cidadão nestes hospitais fica comprometida. Não há clareza nos dados', afirmou Gouvêa. Ele observa que esta não transparência compromete a qualidade do serviço disponibilizado, mesmo que a fiscalização deste esteja presente no convênio estabelecido entre empresa administradora e o governo do Estado. 'A privatização da margem ao jogo de cartas marcadas existente na política. Assim, o gestor público pode tranquilamente colocar a administração do hospital estatal nas mãos de um empresário aliado seu. Quando o hospital é administrado pelo estado, fica mais fácil acompanhar a gestão dos serviços de saúde, garantidos a todos com a implantação do SUS, uma das principais conquistas do brasileiro em termos de inclusão social', analisou João Gouvêa. Ainda segundo ele, em Santarém, a pressão da sociedade já estaria revertendo o quadro, assim o hospital regional de lá em breve será totalmente administrado pelo Centro de Ciências da Saúde, da Universidade do Estado do Pará (Uepa).O SUS foi fruto de um acúmulo de lutas sociais iniciadas na década de 70, sendo institucionalizado na Constituição Brasileira, através das leis 8.142, de 1990.

terça-feira, 21 de agosto de 2007

Semana Água Amazônica

Uma nova cultura pela água A Semana da Água Amazônica sensibiliza a opinião pública e mobiliza os diversos segmentos da sociedade civil do Estado do Pará para a necessidade de implementar a Gestão Integrada de Recursos Hídricos de forma estratégica, buscando garantir água em quantidade e qualidade adequadas para as necessidades humanas e para o desenvolvimento social e econômico regional.
A Semana da Água Amazônica 2007 celebra um momento de grande importância para a gestão dos recursos hídricos no Estado do Pará, pois preenche um espaço que necessita de acúmulo de discussões sobre o desenvolvimento sustentável na Região Amazônica com base na premissa da integração de políticas públicas setoriais.
A Semana da Água 2007 acontece através de várias ações políticas e manifestações culturais, como audiências públicas, oficinas, fotografia, videoativismo, música, dança e poesia de forma integrada à ação educativa. É balizada na concepção de que a cultura é um meio de adaptação e transformação da realidade num processo dinâmico que garante a coesão social e a identificação coletiva.
Juventude pala Vida
Por Samir Raoni
A juventude esteve presente em mais uma atividade ambiental promovida pela ong Argonautas.
O JAA - Jovens Ambientalistas Argonautas fizeram a mobilizasção da sociedade cívil, envolvendo escolas, universidades. Com ampla visão da mídia a " Semana da Água Amazônica" alcansou o objetivo esperado e a juventude se fortalece com esse ato ativista, que busca vlorizar os nosso patrimonio natural.
Fotos Semana da Água Amazônica
Show's, Exposição, Ação no Parlamento, Mostras de Vídeo e Palestras.


















sexta-feira, 17 de agosto de 2007

Meio Ambiente: Uma causa na qual os jovens brasileiros acreditam e que os desperta para a ação social

Revista: ONDA JOVEM


Juventude verde

Mais conscientes do que as gerações anteriores, os jovens estão preocupados com a questão ambiental, mas ainda encontram dificuldades para agir de forma mais efetiva.

Se a liberdade política foi a grande bandeira dos jovens nos anos 60, ecologia parece estar se transformando na principal bandeira de ação política juvenil. O interesse pelas questões ambientais cresceu extraordinariamente entre os jovens nos últimos 14 anos, desde a Eco-92. A pesquisa “O Que Pensa o Brasileiro Sobre o Meio Ambiente, Desenvolvimento e Sustentabilidade”, cuja etapa mais recente foi realizada em março de 2006 pelo ISER - Instituto de Estudos da Religião (em parceria com o Ministério do Meio Ambiente), mostra que, dos 479 jovens de 16 a 24 anos entrevistados em todo o país pelo Vox Populi, 79% têm consciência ambiental. Suas principais preocupações são o desmatamento e a poluição das águas e do ar. “Os jovens estão mais informados, e os mais escolarizados manifestam disposição para contribuir e até participar de ações, mas não encontram muitas organizações para isso no Brasil”, diz Samyra Crespo, coordenadora da pesquisa do ISER.

A falta de espaços para participar é sentida por Thiago Pereira Barros, 22 anos, estudante de Ciências Biológicas na Universidade Estadual de Caratinga, em Minas Gerais. “Há muitos jovens na faculdade interessados em movimentos ecológicos, mas quase não há ONGs aqui”, diz. A preocupação dele é com o desenvolvimento sustentável. “Os agricultores precisam ser orientados para produzir sem devastar. Eles acabam cometendo o delito, apesar de serem multados pelo Ibama, porque sobrevivem disso e não entendem o mal que estão causando”, afirma. “O governo não pode punir, se não ensinar. Faltam campanhas de conscientização”.


Na tela da TV

Para a pesquisadora Samyra, uma explicação para o aumento do interesse dos jovens por ecologia é o crescimento do assunto na TV. O fato repercute mesmo em comunidades distantes dos centros urbanos. “Vemos nos telejornais as queimadas destruindo matas em vários lugares. Não há preocupação com a natureza, que é de todos”, afirma Carline Alves, 19 anos, que vive na aldeia indígena da tribo jenipapo-kanindé, em Aquiraz, a 45 km de Fortaleza. Lá, a Petrobras patrocina o projeto Educação Integral para a Sustentabilidade, coordenado por Jeovah Meireles, professor do departamento de Geografia da Universidade Federal do Ceará, que promove o turismo ecológico comunitário com jovens. O local está sofrendo o impacto da construção de hotéis. “Há dois anos, desenvolvemos atividades para preservar o ecossistema e a sobrevivência da etnia”, diz Jeovah, que criou com os jovens o Projeto Trilha de Índio. Eles fizeram ecozoneamento, produziram mapas com atrações, como a lagoa Encantada, para vender aos turistas, e foram treinados para ser guias em trilhas ecológicas. Hoje, arrecadam em média R$ 12 com cada turista, caminham para a autogestão e pedem cursos para ter mais informação. Na aldeia, Carline, que concluiu o ensino médio, dá aulas para a quarta série. Segundo ela, o projeto ajudou os moços que, sem perspectivas, se entregavam à bebida e pensavam em deixar a aldeia. Agora, todos estão conscientes da necessidade de preservar. Mas sofrem com a morte de peixes causada pela poluição industrial. Já levaram denúncias à Funai e há processos na Justiça. “Eles não entendem que usamos a água da lagoa para tomar banho e que o peixe faz parte de nosso sustento”, diz. Além disso, a Encantada é um dos atrativos do Trilha de Índio. “Há lendas sobre ela que tentamos preservar”.


Ações organizadas

Nos centros urbanos, onde a pesquisa do ISER mostra maior interesse e disposição dos jovens para participar, há um número maior de grupos ambientalistas, como a ONG Argonautas, de Belém do Pará. “Ao entrar aqui, os jovens participam de jogos de interação com conceitos ecológicos. Na militância, desenvolvem calendário de ativistas, organizam mobilizações em ruas e praças”, diz Marcello Augusto Aponte, 33 anos, coordenador do programa de educação ambiental da ONG. Um dos ativistas da Argonautas é Samir Raoni Pinheiro Silva, de 18 anos, que cursa o segundo ano do ensino médio e há três anos coordena o grupo Ações Jovens Ativistas do Meio Ambiente, sensibilizando as pessoas para atitudes como não jogar lixo na rua e racionar o uso de água e energia elétrica. “Os mais jovens são interessados porque se preocupam em construir um futuro melhor. Mas os mais velhos não estão nem aí”, afirma. Samir reclama que os políticos não aprovam, nos orçamentos, projetos socioambientais no Pará. “Belém é uma cidade suja e poluída. Faltam fiscais para evitar desmatamentos e há muita corrupção. Fazemos as denúncias. O que mais podemos fazer?”, pergunta. “Em vez de viver em harmonia com a natureza, o homem parece um vírus destruindo uma célula”, diz.




Educação verde
Os programas de educação ambiental implantados nas escolas estaduais também resultaram na maior conscientização dos jovens, mostrada na pesquisa do ISER. “Há conteúdos nas aulas que estão afetando os alunos”, diz Samyra. Os participantes de Coletivos Jovens – formados em 2003, para a implantação da Agenda 21 – prestam serviços para as Secretarias de Educação. Maciel Batista Paulino, 21 anos, que cursa o terceiro ano de Engenharia Florestal na Universidade Federal do Paraná, faz parte do CJ de Curitiba. Com mais nove jovens, encarrega-se da educação ambiental em colégios e promove encontros regionais. “Nunca a situação do meio ambiente foi tão discutida, e também nunca se desmatou tanto”, afirma Maciel. “Mas vejo cada dia mais jovens sensíveis aos problemas ambientais”. Maciel é crítico em relação às atitudes de desperdício. “Com pequenas ações, pode-se mudar muito. Sempre carrego comigo uma caneca para não precisar usar copo descartável que, além de poluir o ambiente, é feito de petróleo, uma matéria-prima que está se esgotando”, diz. Na opinião dele, a educação ambiental na escola deve abranger todas as disciplinas. “Se há um projeto de juntar latinhas, o professor de matemática trabalha com cálculo, o de ciências com a composição do material e o de geografia ou história com a origem. Isso ajuda a conscientizar”, afirma. A pesquisa do ISER mostra que a consciência ecológica dos jovens também se expressa no consumo. “Eles compram uma camiseta de algum projeto, como Tamar, ou produtos orgânicos, ecologicamente corretos e étnicos”, diz Samyra. Mas, devido ao preço, consomem pouco. É a reciclagem de produtos que desperta mais o interesse juvenil (79%), seguida da economia no consumo de água e de energia. “Há consciência de que esses recursos são finitos”, afirma a coordenadora. A estudante da Escola Superior de Propaganda e Marketing, Letícia Yumiy Ono, 18 anos, mora em um condomínio de classe média em São Paulo, onde recentemente foi implantada a coleta seletiva de lixo e se interessou pelo processo de reciclagem. “Em casa, sempre economizamos água e energia elétrica, mas vejo que pouco se faz para reduzir os danos ambientais”, diz. Durante um intercâmbio na Dinamarca, em 2000, ela passou por um constrangimento. “Joguei pilhas usadas no lixo e levei uma bronca das pessoas de lá. Eu não tinha idéia dos danos que a pilha causa na natureza”, conta a jovem, que faz parte da ONG Children International Summer Village. Ela não conhece no Brasil organizações ambientais com temas de seu interesse. “Eu me preocupo mais com o lixo e com os desmatamentos na Amazônia”, diz.
Matéria publicada na Edição 7 Revista ONDA JOVEM - Março de 2007 - Meio Ambiente

domingo, 12 de agosto de 2007

Foto:Coletivo Jovens Ambientalistas Pará

Cj-Pará Informa:
II ENCONTRO DE JUVENTUDE PELO MEIO AMBIENTE DE GOIÁS
O Coletivo Jovem de Meio Ambiente de Goiás (CJ-GO), realiza o II ENCONTRO DE JUVENTUDE PELO MEIO AMBIENTE DE GOIÁS, entre os dias 06 e 09 de setembro de 2007, o evento busca fortalecer o movimento de juventude pelo meio ambiente.
O Encontro acontece dando seqüência ao processo iniciado com a Rede Brasileira de Educação Ambiental – Rebea, de Aproximação dos CJs com as Redes de Educação Ambiental. Esta aproximação teve como fruto o Encontro "Os Olhares da Juventude sobre o Tratado de EA", evento preparatório para o VI Fórum Brasileiro de Educação Ambiental, realizado em março deste ano, na cidade de Pirenópolis-GO.
Nós do Coletivo Jovens Ambientalistas Pará(CJ-Pará) achamos de estrema importância ampliar as formas de interação entre os jovens dos vários Cj que hoje temos no Brasil. Estamos trabalhando em prol de um mundo melhor, e esse mundo é construído por todos, Juntos somos mais fortes.

Lembramos a todos que em 2009 teremos o “Fórum Social Mundial” que acontece aqui em nossa cidade de Belém do Pará. E nós enquanto jovens podemos e devemos nos organizar. Devemos passar a discutir uma proposta que represente a necessidade e assim programar soluções para o século 21.

“Temos que agir local e pensar global”
(Samir Raoni)
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